domingo, 15 de novembro de 2009

CONTO DE FADAS DO SÉCULO XXI

Era uma vez, numa terra muito distante uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago de seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então a rã pulou no seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bom. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformou-me nessa rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo e poderemos casar e constituir um lar feliz em teu lindo castelo. A minha mãe pode vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre!
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:
“NEM FUDENDO”

Luís Fernando Veríssimo

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Trabalhador - Seu Jorge

Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia
Marmita é fria mas se precisa ir trabalhar
Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã
Patrão reclama e manda embora quem atrasar

Trabalhador...
Trabalhador brasileiro
Dentista, frentista, polícia, bombeiro
Trabalhador brasileiro
Tem gari por aí que é formado engenheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador...

E sem dinheiro vai dar um jeito
Vai pro serviço
É compromisso, vai ter problema se ele faltar
Salário é pouco não dá pra nada
Desempregado também não dá
E desse jeito a vida segue sem melhorar

Trabalhador...
Trabalhador brasileiro
Garçom, garçonete, jurista, pedreiro
Trabalhador brasileiro
Trabalha igual burro e não ganha dinheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A amizade é um amor que nunca morre.
A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem.
A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível
A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas,
de estarmos abertos a todas as perguntas.
A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram
coisas maravilhosas com você.
A esperança é um empréstimo pedido à felicidade.
A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado.
A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que
percorremos para encontrá-la.
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga.
A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar.
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento.
A persistência é o caminho do êxito.
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros.
A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO...
Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura...
A tua única obrigação durante toda a tua existência
é seres verdadeiro para contigo próprio.
A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar.
A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga.
A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém
que nunca vai descobrir.
A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.
Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros.
Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante.
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.
Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você!
Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados...
Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever
a meta e que percorre conosco um trecho do caminho
Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os.
Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas...
Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!!
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado.
Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior
homem do mundo morreu de braços abertos.
Elogie os amigos em público, critique em particular.
Errar é humano, perdoar é divino.
Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz.
Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens!
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

Érico Veríssimo

A amizade vai além de qualquer coisa, por isso devemos aproveitá-la ao máximo para que no futuro não haja arrependimentos e nem esquecimentos. Então, aproveite cada momento ao lado de seu amigo, e então lembrará de como tudo foi bom, e de como vale a pena passar momentos ao lado de quem amamos.

PROCURA DA POESIA

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Nem do mal nem do bem, apenas da favela.

Preconceito é aquela coisa de julgar apenas pela aparência, sabe? E muitas pessoas são assim, passar na rua e ver um negro já é motivo de mudar a bolsa de lado e segurá-la bem forte para não ficar sem... Uma pessoa suja se aproxima? Vou logo mudar de rumo antes que ela me estupre... FAVELAS? Nada de sonhar em passar perto se não quiser morrer com uma bala perdida. Mas na verdade, tudo isso é apenas o preconceito.
Ao ler o livro Capão Pecado, de Férrez, percebemos que não é o negro que rouba, o favelado que mata ou “aquele sujo” que estupra, é o ser humano, e TODOS nós somos seres humanos, todos nós podemos fazer esse tipo de coisa se escolhermos o caminho errado. Então, nem todos que moram em favelas ou em bairros pobres são do mal, muitas vezes até são melhores do que aqueles que vivem nas melhores mansões dos bairros mais nobres, pena que nem todos pensam assim.
Capão Pecado é um livro diferente, cheio de gírias e que mostra o cotidiano das pessoas que vivem na favela, um livro que todos deveriam ler para entender que a favela não é a pior coisa do mundo, afinal, o que há de errado com ela? Lá há mortes? HÁ! Mas me diga, onde não há? Lá há pessoas do mal, mas e as pessoas do bem? HÁ TAMBÉM! Tratamos “os favelados” como se fossem coisas do outro mundo, mas na verdade não nos damos conta de que o mundo deles é nosso também; não nos damos conta de que ele não é ele e eu não sou eu, e sim que NÓS somos NÓS... Nós somos os brasileiros, somos IRMÃOS, somos iguais perante a lei e cidadãos, então para que todo esse preconceito de “nós mesmos”?!
A vida não nos dá escolha, nós apenas nascemos. As pessoas que nascem em favelas não escolheram nascer lá, e muitas vezes entram para o caminho do “mal” por falta de opção, ou até resistem e não entram. Então, que tal deixarmos o preconceito de lado e procuramos ajudar as pessoas que precisam em vez de procurar ajudar a si mesmo quando não precisa de ajuda? Com certeza, um novo Brasil estaria por vir, mas se o Brasil se tornasse um país sem preconceito, infelizmente, deixaria de ser “Brasil”.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Rei dos Animais, Millôr Fernandes

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".

Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".

Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.

Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.


fonte: http://www.releituras.com/millor_rei.asp

Gramáticas.

A gramática descritiva é uma gramática que se propõe a descrever as regras de como uma língua é realmente falada, a despeito do que a gramática normativa prescreve como "correto". É a gramática que norteia o trabalho dos lingüistas que pretendem descrever a língua tal como é falada.

Chama-se gramática normativa a gramática que busca ditar, ou prescrever, as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única forma correta de realização da língua, categorizando as outras formas possíveis como erradas.


fonte: http://www.wikipedia.org/

NURC - Norma Urbana Culta.

Fundação
O Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta foi criado, em âmbito nacional, em 1969, com a indicação dos coordenadores para as cinco cidades em que se desenvolveria o projeto, selecionadas de acordo com os seguintes critérios: ter pelo menos um milhão de habitantes e estratificação social suficiente para atender às exigências do projeto. A coordenação do projeto no Recife coube ao professor José Brasileiro Tenório Vilanova, titular de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pernambuco. No Recife, os trabalhos começaram oficialmente em 1971, com a seguinte equipe: Amara Cristina de Barros e Silva Botelho, Adair Pimentel Palácio, Edileuza dos Santos Dourado, Eneida Martins de Oliveira, Glécia Benvindo Cruz, José Ricardo Paes Barreto, Maria Núbia da Câmara Borges e Maria da Piedade Moreira de Sá. O Projeto NURC se insere na linha de pesquisa “Análise Sócio-Pragmática do Discurso, do PPGLetras.

Objetivo
O Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC) tinha inicialmente o objetivo de documentar e descrever a norma objetiva do português culto falado em cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. A partir de 1985, considerando as novas tendências de análise lingüística, ampliou-se o escopo do projeto, no sentido de abraçar outros aspectos, tais como: análise da conversação, análise da narrativa, análise sócio-pragmática do discurso e outros.

saiba mais em:
http://www.ufpe.br/pgletras/programa-nucleos-nurc.htm

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ANÁLISE BILLY ELIOT

Sociedade: conjunto de pessoas que compartilham gostos e costumes.

Nós fazemos parte de uma sociedade. Mas que tipo de sociedade é essa? Até onde sabemos, sociedade é um conjunto de pessoas que COMPARTILHAM gostos e costumes e não um conjunto de pessoas que SEGUEM gostos e costumes. Mas, infelizmente, nossa sociedade é essa: aquela que é formada por pessoas que têm seus gostos através dos outros, que não tem pensamento próprio e sim que se deixam levar pelos pensamentos alheios. É claro que há aqueles que possuem pensamentos próprios, mas esses são exceções, chamados, geralmente, de excluídos.
Nosso mundo está composto por pessoas que perderam sua identidade, e como conseqüências disso vieram os males: preconceitos, diferenças, classes, raças. Coisas absurdas, que são fruto de nossos comportamentos. Em nossa sociedade branco que fala com negro deve morrer, rico não pode se misturar de jeito nenhum, eu sou eu e você é você, se eu vivo bem você que se lasque. Que mundo é esse? Mundo onde há preconceito até quando vêm homens dançando. Espera aí, nem homens estão podendo dançar agora? Quer dizer que, dependendo do meu sexo, não posso fazer o que gosto porque vão sair por aí me difamando? E lá vem, novamente, a sociedade: com o passar do tempo foram criando em nossa mente esse tipo de preconceito (relacionado á dança masculina). Esse preconceito veio crescendo e de uns tempos para cá veio tomando conta de nossas cabeças. Muitos classificam isso como cultura/tradição, homem deve ser garanhão, e se dançar é gay. Com certeza, muitos desses muitos não têm noção do que significa a palavra cultura, mas falam, e sabe por quê? Porque TODOS falam! Esse é o nosso mundo, pessoas se deixam levar pelas idéias dos outros, perdendo a própria opinião. É por conta dessa discriminação que muitas pessoas desistem de seus sonhos e seguem sonhos de outros.
Uma coisa que retrata bem preconceito é o filme musical Billy Eliot, que passa a época da greve dos mineradores na Inglaterra. Ele conta a história de um garoto chamado Billy, filho de um mineiro de carvão do norte da Inglaterra. Ao longo do filme o garoto descobre uma paixão pela dança, e desde então passa por grandes apertos, pois seu pai não aceita que ele seja um dançarino. Com muita luta Billy consegue convencer seu pai de que a dança não é a pior coisa do mundo e então parte para a tentativa de realizar seu sonho, entrar em uma grande escola de dança, a Royal Ballet.
Billy é então um exemplo que deve ser seguido. Ele enfrenta o preconceito da sociedade e consegue superá-lo. Ele sabe que dançar é algo que lhe faz bem, onde ele pode expressar seus sentimentos, e por isso supera todos os obstáculos para que chegue á dança. Se todos fossem assim, lutassem pelos seus respectivos sonhos, hoje teríamos um mundo muito melhor, sem preconceito, sem diferenças, onde grande parte da sociedade seria feliz. Mas a vida é feita de escolhas, e não dá para escolher entre o certo e o errado, pois vem aquela sociedade e tenta manipular a todos, fazendo com que aja apenas uma escolha: a ERRADA! E se um dia escolher a certa, pode saber, você é um alien social.
E é isso que precisamos modificar, o alien deve ser aquele que segue os outros e não aquele que procura seguir a si mesmo. Apenas quando nós nos dermos conta disso que nos tornaremos uma verdadeira sociedade, e enquanto esse dia não chega, vamos buscando ser o alien da vez ou, se preferir, ser um Billy Eliot.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Brasil.

So.mos uma na.ção.
So.mos mi.lhões em um só,
so.mos um to.do re.su.mi.do.
Mis.ci.ge.na.ção!
Mas nos di.vi.dem em “Bra.sil bran.co”e “Ne.gro”.

O “Bra.sil ne.gro”,
mos.tra.do pe.la pro.pa.gan.da só é na Ba.hia.
E o “Bran.co” é o res.to do pa.ís to.do.
En.tão, não exis.tem ne.gros no Rio de Ja.nei.ro?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Coração negro chora

Encontrei outro dia um negro,
Que estava a chorar.
A partir destas lágrimas,
Que comecei a pensar...

O que há naquela pele que levou à escravidão?
Será que essa cor é condenação?
O negro ainda é visto com olhar inferior que me atenta.
Concluo que é olhar de gente que não chega
nem aos pés do que a cor representa.

Representa luta, conquistas, raça.
Negro é esperto, bonito, e tem olhar forte.
Tão forte que identifica a desgraça do preconceito de pessoas sem porte.

E a partir daquela lágrima, pude perceber
Que o negro ainda sofre,
por isso devemos saber:
Racismo é uma coisa inútil e deve o mais rápido morrer!


de Ana Carla Campregher da Silva



"coração negro chora": negro não é apenas uma raça na qual é desprezada por muitos por conta de sua cor. negro pensa, negro sofre! NEGROS TÊM SENTIMENTOS, negros são negros, assim como branco é branco, assim como nós somos nós! "Racismo é uma coisa inútil e deve o mais rápido morrer!"

sexta-feira, 29 de maio de 2009




saudade, já não sei se é a palavra certa pra usar! ;/

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Palavras que ferem

É necessário cuidar das palavras
pois elas ferem fundo o coração,
são como vermes, asquerosas larvar,
Após ferirem, imploram perdão.

Falamos muito, extravasamos tanto,
e dessas feitas sem aperceber;
nós provocamos indeléveis prantos
e quem amamos, fazemos sofrer.

É necessário observar a mente,
reduto de maledicências mil,
não raras vezes,quem fala nem sente;
A intensidade desse ato vil.

O pensamento, mais nobre que a voz,
enquanto seu, não machuca ninguém;
Ao externá-lo de dentro de nós,
Somos passíveis de ferir alguém.

É necessário consultar a alma,
Em busca de melhor reflexão;
Lá acharemos o perdão e a calma,
Os guardiães de nosso coração...


Então, cuidado com o que fala, pois pode machucar alguém.
E, talvez, esse alguém possa te machucar também! ;)

Dias de sombra, dias de luz (Jurandir Freire Costa)

Resumo de Citação


“Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê?”

Para nada, não é mesmo? De que adianta viver se a cada dia que passa a situação do nosso mundo vem piorando? Talvez sonhar que essa situação melhore um dia seja um grande motivo para nos manter vivos.

“Por que, então, já não fizemos o óbvio?”

Não é fácil fazer muita coisa quando somos 1 em 1 milhão.


“Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo.”

Quando vivermos igualitariamente, unidos independente de raça ou nacionalidade, o mundo mudará, e não será para pior.

“sem esse sonho, viver serve pra quê?

(Quase o mesmo comentário da primeira frase) Se não sonharmos com que um dia dias de luz virão, não adianta vivermos, pois viver em dias de sombras não é viver.


Resumo Crítico


Que mundo é esse? Mundo onde há guerras, onde há fome, onde há miséria, onde há violência... Onde há problemas que são passados para a sociedade como se fossem APENAS problemas. Ligamos a televisão? Morte, violência, morte, estupro... morte. E além de tudo: “Hoje 200 pessoas morreram em um atentado em Israel! E nossa, a Gisele Bündchen ganhou mais um ano de vida e para comemorar essa data tão especial deu uma enorme festa, onde contou com a presença de muitos amigos”. Tudo tão simples, não é? 200 pessoas morreram, mas o que é isso ao lado da BIG FESTA DA GI? Acho que nada!
E de novo eu pergunto: Que mundo é esse? Que mundo?! QUE BRASIL É ESSE?! Ao ler o texto de Jurandir Freire, “Dias de Sombra, Dias de Luz”, percebo que ele fala a respeito dessa pergunta. O texto mostra a atual situação em que vivemos no Brasil, retratando a grande violência que nos cerca. Cita um fato que chocou a todos nós, e que é mais uma prova de que estamos vivendo em “dias de sombra”. O fato foi o assassinato de João Hélio por um adolescente que diz “não saber o que significa perder um filho assassinado porque nunca teve filho”. Pessoas inocentes morrendo por aí, e não somos capazes de nos mexer para tentar mudar isso! MUDAR PRA QUÊ? Já está tudo perdido, o mundo não tem salvação, o Brasil não tem salvação. E é aí que nós nos enganamos. “Há coisas nas quais podemos acreditar porque existem e podem ser feitas [...] Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo”. Existem muitas pessoas que acreditam no mundo melhor, nos dias de luz, mesmo convivendo dia após dia com os noticiários de morte, convivendo com a violência etc. E sabe por que existem pessoas assim? Porque “Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê?”, não serve para nada. Jurandir Freire acredita que no dia em que todos nós vivermos como um só mundo, quando nos unirmos independente da nacionalidade ou da raça, com certeza, dias de luz virão! E enquanto esse dia não chega, talvez sonhar seja a melhor saída.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Navio dos Loucos, Hieronymus Bosch.




A pintura critica certos costumes sociais da época em que foi pintada e procura nos levar para um mundo real.Na pintura há, aparentemente, uma freira e um homem cujo estão tentando morder um pedaço de comida (que está pendurada). Ao lado há um ladrão que aproveitara a ocasião para roubar o pouco que a freira e o homem tem.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

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MENESTREL

"Menestrel, na Europa medieval era o poeta bardo cuja performance lírica referia a histórias de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários. Embora criassem seus próprios contos, muitas vezes memorizavam e floreavam obras de outros. À medida que as cortes foram ficando mais sofisticadas, os menestréis eram substituídos por trovadores, e vários deles tornaram-se errantes, apresentando-se para a população comum, tornado assim os divulgadores das obras de outros autores."


Sendo assim, pode-se concluir que menestrel era um poeta medieval ou cantor. Eram ambulantes, pois andavam pelas cidades cantando ou contando histórias, ou poderiam ser também servidores de seus senhores feudais. Os menestreis criavam seus próprios contos, mas não deixavam de olhar obras de outros.

Dica de leitura: O Menestrel, William Shakespeare
Análise do texto "O Gigolô das Palavras", de Luiz F. Veríssimo

“Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo”. (Luiz F. Veríssimo).
Para muitos profissionais da área de Línguas, esse trecho do texto “O Gigolô das Palavras” de Luiz Fernando Veríssimo é um pecado capital. Onde já se ouviu falar que apenas ao escrever claro, está escrevendo certo? Bom, não é de absurdos que estamos falando, isso é real. Em “O Gigolô das palavras”, o autor retrata a pequena significância da gramática, e ele não deixa de estar correto.
Gravar TODAS as regras gramaticais e ainda saber aplicá-las? GÊNIO! Agora, se não sabe, BURRO, se mata. Esse é o grande preconceito que criamos em relação à gramática: Se eu não sei todas as regras, se não sei escrever totalmente correto, sou considerado algo parecido com burro, talvez até retardado. Não posso me misturar com os demais, sou anormal, não conheço minha língua. Posso ser obrigado até a voltar para a alfabetização, pois vai que assim eu consiga corrigir meu vocabulário, certo? Errado! Muitos pensam assim, mas outros não. Saber gramática não nos tornará os melhores do mundo e não será muito útil no futuro, a não ser que queira ser professor de português, mas isso não vem ao caso já que estamos falando da gramática e não de profissão (talvez nem para ser professor de português precisamos tanto da gramática). Nem sempre não saber gramática significa não saber falar ou se expressar, e com certeza saber falar é mais importante do que saber gramática, e é isso que muitas pessoas estão querendo passar para as outras. Luiz Fernando Veríssimo é uma dessas pessoas! Seu objetivo é acabar com esse preconceito lingüístico, e provar que todos nós conhecemos nossa língua, de modos diferentes, mas conhecemos. Talvez um saiba falar melhor, mas isso não quer dizer que o outro deva ser excluído ou ignorado.
Todos têm o direito de se expressar/falar e não é porque não me expresso/falo tão bem quanto "ele" que irei abrir mão desse direito. ÔPA! E se expressar, vem do conhecimento gramatical? Acho que não, né? Mais uma prova de que a gramática não é tudo! Mas é claro que devemos saber ao menos o básico para não sairmos pagando mico por aí, afinal é feio “agente chegarmos na rua e falares acim”.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Apresentação dos aspectos em que as fotos seguintes se aproximam e se distanciam do o Classicismo e o Barroco.


Barroco




“A arte barroca procura comover intensamente o espectador. Nesse sentido, a Igreja converte-se numa espécie de espaço cénico, num teatro sacrum onde são encenados os dramas.” Esta imagem retrata muito a arte barroca, pois tem figuras de anjos em uma igreja, e aparenta estar tentando comover o expectador.

Classicismo



“O Classicismo refere-se, geralmente à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor - ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche: pretende ser mais apolínea que dionisíaca.” Esta foto valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura das antigas Grécia e Roma, e busca do equilíbrio, rigor e pureza formal.
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Relacionar as letras de música abaixo com as escolas literárias indicadas:

“Trovadorismo é a primeira manifestação literária da língua portuguesa.” Possui quatro tipos de classificação: Cantigas de Amor, Cantigas de Amigo, Cantigas de Escárnio, Cantigas de Maldizer.

*Letra da música: O Trovador, Altemar Dutra
Escola literária: Trovadorismo
Relação:
A letra da música cita um homem que diz que teve um sonho, e nele era um trovador (artista que compunha e entoava cantigas). A partir disso, a “sinhá mossinha” se encanta com tal artista, porém ele não aparenta ficar muito próximo da moça. Essas características se relacionam com a Cantiga de Amor, que é uma das classificações do trovadorismo.


*Letra da música: Queixa, Caetano Veloso
Escola literária: Trovadorismo
Relação:
Algumas frases da letra da música possuem duplo sentido, onde o eu - lírico faz uma sátira direta ao seu “amor”. Sendo assim, essa música está relacionada com o trovadorismo através da Cantiga de Escárnio.


*Letra da música: Sozinho, Caetano Veloso
Escola literária: Trovadorismo
Relação:
Esta letra de música está relacionada com a Canção do Amigo, pois o eu – lírico demonstra seu lamento pela ausência de sua amada. Porém, possui algumas diferenças com a canção, já que o eu – lírico da música é um homem, e nas Canções do Amigo quem canta é uma mulher.


*Letra da música: Incelença pro amor retirante
Escola literária: Trovadorismo
Relação:
A música fala sobre a perda de um amor. Nela, o eu – lírico demonstra saudade e esperança de que sua/seu amada (o) volte. Sendo assim, esta letra se relaciona com a Cantiga de Amigo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sobre a Escrita - Clarice Lispector

Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio.

Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.

Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.

Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.

Simplesmente não há palavras.

O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.

Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranqüilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.

Simplesmente as palavras do homem.