quinta-feira, 11 de junho de 2009

ANÁLISE BILLY ELIOT

Sociedade: conjunto de pessoas que compartilham gostos e costumes.

Nós fazemos parte de uma sociedade. Mas que tipo de sociedade é essa? Até onde sabemos, sociedade é um conjunto de pessoas que COMPARTILHAM gostos e costumes e não um conjunto de pessoas que SEGUEM gostos e costumes. Mas, infelizmente, nossa sociedade é essa: aquela que é formada por pessoas que têm seus gostos através dos outros, que não tem pensamento próprio e sim que se deixam levar pelos pensamentos alheios. É claro que há aqueles que possuem pensamentos próprios, mas esses são exceções, chamados, geralmente, de excluídos.
Nosso mundo está composto por pessoas que perderam sua identidade, e como conseqüências disso vieram os males: preconceitos, diferenças, classes, raças. Coisas absurdas, que são fruto de nossos comportamentos. Em nossa sociedade branco que fala com negro deve morrer, rico não pode se misturar de jeito nenhum, eu sou eu e você é você, se eu vivo bem você que se lasque. Que mundo é esse? Mundo onde há preconceito até quando vêm homens dançando. Espera aí, nem homens estão podendo dançar agora? Quer dizer que, dependendo do meu sexo, não posso fazer o que gosto porque vão sair por aí me difamando? E lá vem, novamente, a sociedade: com o passar do tempo foram criando em nossa mente esse tipo de preconceito (relacionado á dança masculina). Esse preconceito veio crescendo e de uns tempos para cá veio tomando conta de nossas cabeças. Muitos classificam isso como cultura/tradição, homem deve ser garanhão, e se dançar é gay. Com certeza, muitos desses muitos não têm noção do que significa a palavra cultura, mas falam, e sabe por quê? Porque TODOS falam! Esse é o nosso mundo, pessoas se deixam levar pelas idéias dos outros, perdendo a própria opinião. É por conta dessa discriminação que muitas pessoas desistem de seus sonhos e seguem sonhos de outros.
Uma coisa que retrata bem preconceito é o filme musical Billy Eliot, que passa a época da greve dos mineradores na Inglaterra. Ele conta a história de um garoto chamado Billy, filho de um mineiro de carvão do norte da Inglaterra. Ao longo do filme o garoto descobre uma paixão pela dança, e desde então passa por grandes apertos, pois seu pai não aceita que ele seja um dançarino. Com muita luta Billy consegue convencer seu pai de que a dança não é a pior coisa do mundo e então parte para a tentativa de realizar seu sonho, entrar em uma grande escola de dança, a Royal Ballet.
Billy é então um exemplo que deve ser seguido. Ele enfrenta o preconceito da sociedade e consegue superá-lo. Ele sabe que dançar é algo que lhe faz bem, onde ele pode expressar seus sentimentos, e por isso supera todos os obstáculos para que chegue á dança. Se todos fossem assim, lutassem pelos seus respectivos sonhos, hoje teríamos um mundo muito melhor, sem preconceito, sem diferenças, onde grande parte da sociedade seria feliz. Mas a vida é feita de escolhas, e não dá para escolher entre o certo e o errado, pois vem aquela sociedade e tenta manipular a todos, fazendo com que aja apenas uma escolha: a ERRADA! E se um dia escolher a certa, pode saber, você é um alien social.
E é isso que precisamos modificar, o alien deve ser aquele que segue os outros e não aquele que procura seguir a si mesmo. Apenas quando nós nos dermos conta disso que nos tornaremos uma verdadeira sociedade, e enquanto esse dia não chega, vamos buscando ser o alien da vez ou, se preferir, ser um Billy Eliot.

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