Análise do texto "O Gigolô das Palavras", de Luiz F. Veríssimo
“Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo”. (Luiz F. Veríssimo).
Para muitos profissionais da área de Línguas, esse trecho do texto “O Gigolô das Palavras” de Luiz Fernando Veríssimo é um pecado capital. Onde já se ouviu falar que apenas ao escrever claro, está escrevendo certo? Bom, não é de absurdos que estamos falando, isso é real. Em “O Gigolô das palavras”, o autor retrata a pequena significância da gramática, e ele não deixa de estar correto.
Gravar TODAS as regras gramaticais e ainda saber aplicá-las? GÊNIO! Agora, se não sabe, BURRO, se mata. Esse é o grande preconceito que criamos em relação à gramática: Se eu não sei todas as regras, se não sei escrever totalmente correto, sou considerado algo parecido com burro, talvez até retardado. Não posso me misturar com os demais, sou anormal, não conheço minha língua. Posso ser obrigado até a voltar para a alfabetização, pois vai que assim eu consiga corrigir meu vocabulário, certo? Errado! Muitos pensam assim, mas outros não. Saber gramática não nos tornará os melhores do mundo e não será muito útil no futuro, a não ser que queira ser professor de português, mas isso não vem ao caso já que estamos falando da gramática e não de profissão (talvez nem para ser professor de português precisamos tanto da gramática). Nem sempre não saber gramática significa não saber falar ou se expressar, e com certeza saber falar é mais importante do que saber gramática, e é isso que muitas pessoas estão querendo passar para as outras. Luiz Fernando Veríssimo é uma dessas pessoas! Seu objetivo é acabar com esse preconceito lingüístico, e provar que todos nós conhecemos nossa língua, de modos diferentes, mas conhecemos. Talvez um saiba falar melhor, mas isso não quer dizer que o outro deva ser excluído ou ignorado.
Todos têm o direito de se expressar/falar e não é porque não me expresso/falo tão bem quanto "ele" que irei abrir mão desse direito. ÔPA! E se expressar, vem do conhecimento gramatical? Acho que não, né? Mais uma prova de que a gramática não é tudo! Mas é claro que devemos saber ao menos o básico para não sairmos pagando mico por aí, afinal é feio “agente chegarmos na rua e falares acim”.
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