segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Rei dos Animais, Millôr Fernandes

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".

Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".

Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.

Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.


fonte: http://www.releituras.com/millor_rei.asp

Gramáticas.

A gramática descritiva é uma gramática que se propõe a descrever as regras de como uma língua é realmente falada, a despeito do que a gramática normativa prescreve como "correto". É a gramática que norteia o trabalho dos lingüistas que pretendem descrever a língua tal como é falada.

Chama-se gramática normativa a gramática que busca ditar, ou prescrever, as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única forma correta de realização da língua, categorizando as outras formas possíveis como erradas.


fonte: http://www.wikipedia.org/

NURC - Norma Urbana Culta.

Fundação
O Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta foi criado, em âmbito nacional, em 1969, com a indicação dos coordenadores para as cinco cidades em que se desenvolveria o projeto, selecionadas de acordo com os seguintes critérios: ter pelo menos um milhão de habitantes e estratificação social suficiente para atender às exigências do projeto. A coordenação do projeto no Recife coube ao professor José Brasileiro Tenório Vilanova, titular de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pernambuco. No Recife, os trabalhos começaram oficialmente em 1971, com a seguinte equipe: Amara Cristina de Barros e Silva Botelho, Adair Pimentel Palácio, Edileuza dos Santos Dourado, Eneida Martins de Oliveira, Glécia Benvindo Cruz, José Ricardo Paes Barreto, Maria Núbia da Câmara Borges e Maria da Piedade Moreira de Sá. O Projeto NURC se insere na linha de pesquisa “Análise Sócio-Pragmática do Discurso, do PPGLetras.

Objetivo
O Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC) tinha inicialmente o objetivo de documentar e descrever a norma objetiva do português culto falado em cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. A partir de 1985, considerando as novas tendências de análise lingüística, ampliou-se o escopo do projeto, no sentido de abraçar outros aspectos, tais como: análise da conversação, análise da narrativa, análise sócio-pragmática do discurso e outros.

saiba mais em:
http://www.ufpe.br/pgletras/programa-nucleos-nurc.htm

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ANÁLISE BILLY ELIOT

Sociedade: conjunto de pessoas que compartilham gostos e costumes.

Nós fazemos parte de uma sociedade. Mas que tipo de sociedade é essa? Até onde sabemos, sociedade é um conjunto de pessoas que COMPARTILHAM gostos e costumes e não um conjunto de pessoas que SEGUEM gostos e costumes. Mas, infelizmente, nossa sociedade é essa: aquela que é formada por pessoas que têm seus gostos através dos outros, que não tem pensamento próprio e sim que se deixam levar pelos pensamentos alheios. É claro que há aqueles que possuem pensamentos próprios, mas esses são exceções, chamados, geralmente, de excluídos.
Nosso mundo está composto por pessoas que perderam sua identidade, e como conseqüências disso vieram os males: preconceitos, diferenças, classes, raças. Coisas absurdas, que são fruto de nossos comportamentos. Em nossa sociedade branco que fala com negro deve morrer, rico não pode se misturar de jeito nenhum, eu sou eu e você é você, se eu vivo bem você que se lasque. Que mundo é esse? Mundo onde há preconceito até quando vêm homens dançando. Espera aí, nem homens estão podendo dançar agora? Quer dizer que, dependendo do meu sexo, não posso fazer o que gosto porque vão sair por aí me difamando? E lá vem, novamente, a sociedade: com o passar do tempo foram criando em nossa mente esse tipo de preconceito (relacionado á dança masculina). Esse preconceito veio crescendo e de uns tempos para cá veio tomando conta de nossas cabeças. Muitos classificam isso como cultura/tradição, homem deve ser garanhão, e se dançar é gay. Com certeza, muitos desses muitos não têm noção do que significa a palavra cultura, mas falam, e sabe por quê? Porque TODOS falam! Esse é o nosso mundo, pessoas se deixam levar pelas idéias dos outros, perdendo a própria opinião. É por conta dessa discriminação que muitas pessoas desistem de seus sonhos e seguem sonhos de outros.
Uma coisa que retrata bem preconceito é o filme musical Billy Eliot, que passa a época da greve dos mineradores na Inglaterra. Ele conta a história de um garoto chamado Billy, filho de um mineiro de carvão do norte da Inglaterra. Ao longo do filme o garoto descobre uma paixão pela dança, e desde então passa por grandes apertos, pois seu pai não aceita que ele seja um dançarino. Com muita luta Billy consegue convencer seu pai de que a dança não é a pior coisa do mundo e então parte para a tentativa de realizar seu sonho, entrar em uma grande escola de dança, a Royal Ballet.
Billy é então um exemplo que deve ser seguido. Ele enfrenta o preconceito da sociedade e consegue superá-lo. Ele sabe que dançar é algo que lhe faz bem, onde ele pode expressar seus sentimentos, e por isso supera todos os obstáculos para que chegue á dança. Se todos fossem assim, lutassem pelos seus respectivos sonhos, hoje teríamos um mundo muito melhor, sem preconceito, sem diferenças, onde grande parte da sociedade seria feliz. Mas a vida é feita de escolhas, e não dá para escolher entre o certo e o errado, pois vem aquela sociedade e tenta manipular a todos, fazendo com que aja apenas uma escolha: a ERRADA! E se um dia escolher a certa, pode saber, você é um alien social.
E é isso que precisamos modificar, o alien deve ser aquele que segue os outros e não aquele que procura seguir a si mesmo. Apenas quando nós nos dermos conta disso que nos tornaremos uma verdadeira sociedade, e enquanto esse dia não chega, vamos buscando ser o alien da vez ou, se preferir, ser um Billy Eliot.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Brasil.

So.mos uma na.ção.
So.mos mi.lhões em um só,
so.mos um to.do re.su.mi.do.
Mis.ci.ge.na.ção!
Mas nos di.vi.dem em “Bra.sil bran.co”e “Ne.gro”.

O “Bra.sil ne.gro”,
mos.tra.do pe.la pro.pa.gan.da só é na Ba.hia.
E o “Bran.co” é o res.to do pa.ís to.do.
En.tão, não exis.tem ne.gros no Rio de Ja.nei.ro?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Coração negro chora

Encontrei outro dia um negro,
Que estava a chorar.
A partir destas lágrimas,
Que comecei a pensar...

O que há naquela pele que levou à escravidão?
Será que essa cor é condenação?
O negro ainda é visto com olhar inferior que me atenta.
Concluo que é olhar de gente que não chega
nem aos pés do que a cor representa.

Representa luta, conquistas, raça.
Negro é esperto, bonito, e tem olhar forte.
Tão forte que identifica a desgraça do preconceito de pessoas sem porte.

E a partir daquela lágrima, pude perceber
Que o negro ainda sofre,
por isso devemos saber:
Racismo é uma coisa inútil e deve o mais rápido morrer!


de Ana Carla Campregher da Silva



"coração negro chora": negro não é apenas uma raça na qual é desprezada por muitos por conta de sua cor. negro pensa, negro sofre! NEGROS TÊM SENTIMENTOS, negros são negros, assim como branco é branco, assim como nós somos nós! "Racismo é uma coisa inútil e deve o mais rápido morrer!"